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Como definido pelos professores desse módulo do Curso de Jornalismo do Centro Universitário UNA, o tema que iríamos discutir a disciplina de Tidir 6 era o Espaço Público Urbano. Ficou definido que nosso grupo trabalharia com o subtema personagens do espaço público urbano, em especial o espaço da região da Savassi.

Como entender o espaço público em uma cidade como Belo Horizonte? Pertencemos a um cenário de diversidades ou uma arena de possibilidades? Por que muitas vezes não nos damos conta das transformações deste espaço teoricamente comum a todos? As áreas públicas em uma cidade como a grande BH nos possibilitam fazer uma análise crítica do que ocorre atualmente em outras grandes metrópoles. O espaço público é um tema riquíssimo para analisarmos como os usuários desse âmbito social se beneficiam e se interagem dentro desse mundo.

O ser humano está cada vez mais individualista e se preocupando menos com o espaço em comum. Antes, um simples passeio no parque se transformava no grande evento do final de semana. Hoje, devido as nossas bruscas alterações no cotidiano, desvalorizamos, talvez por falta de tempo, esses momentos de interação gratuita.

A modernidade nos impõe outras questões. É possível ser uma pessoa bem informada e com muitos amigos sem precisar sair de casa. A responsável por esse comportamento, a internet, de certa forma desumanizou a sociedade, substituindo o uso dos espaços públicos por inúmeras horas em frente ao computador. Não podemos deixar de levantar a questão sobre os indivíduos que são excluídos por não se não se enquadrarem no que a sociedade determina como um comportamento aceitável, principalmente nos espaços público das grandes cidades.

O trabalho teve, em um primeiro momento, um foco voltado especialmente para o espaço público da região da Savassi, que além de ser um ambiente rico em personagens, também contribuiu para que fossem identificados diversos aspectos do espaço em comum.

Um dos personagens singulares que encontramos na Savassi foi José Celestino. Seu José celestino trabalha há quatro anos como guardador de carros, devidamente cadastrado na Prefeitura de Belo Horizonte. Suas histórias são curiosas e seu orgulho em exercer seu trabalho é grande. Entrevistamos Celestino, na Rua dos Aimorés. Durante seu horário de trabalho conseguimos registrar um pouco do cotidiano de Celestino e algumas opiniões sobre essa tão questionada profissão.

Em nossa busca pelos personagens dos espaços urbanos encontramos também, Terezinha Carvalli no Mercado Central. O mercado, além de ser um ambiente rico em cultura e entretenimento há pessoas que compõem este espaço, como nossa personagem que se destacou entre tantos pelo simples fato de teimar em ser feliz. O Mercado Central se destaca em BH por ser um mix cultural.

Como é possível observar nos vídeos postados em nosso blog, os nossos personagens são pessoas simples, porém no trabalho se destacam pela simpatia, bom humor e atendimento diferenciado aos clientes. Os perfis dos personagens em questão são confirmados principalmente por outras pessoas usuárias dos espaços públicos analisados: Mercado Central e Rua dos Aimorés.

Como atividade final da disciplina de Tidir 6, criamos um blog cujo intuito é também o de informar sobre o espaço público e esses personagens do meio urbano. Escolhemos dois personagens interessantes: Um guardador de carros e uma ascensorista. Ambos possuem interessantes histórias, usam o espaço público para trabalhar e são conhecidos e admirados pelos seus clientes.

Pra a construção do blog fomos supervisionados pela professora Izamara Arcanjo, baseando-se nos conceitos das outras matérias lecionadas por Isadora Camargos, Joana Ziller, Tatiana Alves, Cândida Lemos e Jorge Rocha. Usamos várias ferramentas multimídia, partindo do pressuposto de uma interface dinâmica e atrativa para os leitores, como Podcast, Twitter, Delicious e Google Maps. Todo o conteúdo do blog foi feito priorizando a idéia central de mostrar com detalhes o cotidiano de personagens que compõem o espaço urbano. A partir desses fragmentos esperamos que nosso blog seja interessante ao internauta que deseja conhecer mais sobre o assunto e possamos contribuir para uma nova visão de espaço público.


Aguardamos a presença de todos na ExpoUNA, que será realizada na Serraria Souza Pinto. Neste importante espaço você poderá prestigiar a apresentação do nosso trabalho e de nossos colegas.


Veja abaixo como chegar.


Visualizar Tidir Multimídia em um mapa maior

Guardadores de carros legalizados ou não, fazem desse trabalho informal, a fonte de renda de muitas famílias. De acordo com a Prefeitura de Belo Horizonte, são mais de 190 pessoas cadastradas, trabalhando regularmente tomando conta de automóveis no centro e região da Savassi.

Confira em nosso vídeo o que as pessoas acham do trabalho dos Guardadores de Carros.

Com traquilidade e muita cortesia "Guardador de Carros" conquista clientes em BH

José Celestino é mais um brasileiro que um lugar ao sol. Trabalhando há quatro anos como guardador de carros na rua Aimorés esquina com Bahia,ele afirma que não trocaria seu trabalho por nada. “Já cheguei a ganhar até R$400,00 numa noite. Verifico a programação dos bares da igreja de Lourdes, se tem casamento ou não, e aí me programo. Já cheguei a trabalhar quase 24 horas direto”.


como é cadastrado pela prefeitura de Belo Horizonte ele afirma que é mais respeitado pelas pessoas. “Gera mais segurança para os meus clientes quando me vêem com o colete da prefeitura”. Partindo do principio que o bom atendimento é que conquista o cliente José Celestino procura ter um diferencial. Em dias de chuva, Celestino leva uma sombrinha para proteger seus clientes da água. "Todo mundo gosta quando chego com o guarda chuva e levo o cliente até a porta de onde ele quer ir, principalmente quando há casamentos aqui na igreja de Lourdes. Segundo Celestino “a mulherada não gosta de estragar a maquiagem e muito menos os cabelos que elas levaram um tempão no salão arrumando".

A rua – um espaço hostil

José Celestino afirma ainda que já passou por diversas situações difíceis na rua como no dia em um cliente sacou uma arma quando ele foi cobrar pelo serviço. Ouça mais no nosso podcast.


Trabalhando nas ruas algumas coisas que parecem simples para qualquer trabalhador fica mais complicado para alguém como José Celestino, como ir ao banheiro que para isso depende da boa vontade dos comerciantes da região onde trabalha “Como todos já me conhecem em qualquer lugar que eu entro me deixam usar o banheiro tranquilamente”.

Batizada como Terezinha de Jesus Carvali e mais conhecida pelos os belo-horizontinos como Terezinha do Mercado Central, a ascensorista se destaca entre todos os funcionários do local pelo bom humor, simpatia e alegria de viver.

Ela nos conta que começou como faxineira e pouco tempo depois foi promovida a ascensorista. Nascida no Paraná, mas mineira de coração Terezinha é uma unanimidade entre os freqüentadores do Mercado Central.

Ouça em nosso podcast o que as pessoas falam de Terezinha

Pegamos carona em seu elevador onde Terezinha abre o coração e nos conta que para aprender a ler começou a recortar letras em jornais com as quais formava as palavras pouco a pouco. Clientes mal humorados? Existem aos montes por aí e no Mercado Central não é diferente apesar de ser um lugar onde a alegria reina. Terezinha revela que alguns clientes não gostam de serem chamados de “oi moço bonito” (é assim que Terezinha costuma chamar os clientes do Mercado Central que utilizam o elevador onde ela trabalha). “Uma vez um senhor ficou zangado de ser chamado de “moço bonito”. Eu respeito a opinião de cada um então não o chamei mais de moço bonito”.

Todo esse furor em falar de Terezinha se da simplesmente pelo fato de ela teimar em ser feliz. “Quando tenho um problema simplesmente venho trabalhar e sorrio, sorrio sempre porque sorrir faz bem pra alma e pro coração”.

E pra quem acha que ficar por mais de 6 horas em um elevador é algo desagradável e monótono, Terezinha revela que não tem do que reclamar e nos conta que tem dupla rotina pois na parte da manhã ela trabalha em outro lugar e só depois é que vai para o Mercado exercer sua função de ascensorista. A expectativa das pessoas de que seu trabalho é tedioso e enfadonho cai por terra quando nos deparamos com Terezinha e ela nos recebe com um sorriso largo e um bom dia estridente.

A impressão que se tem ao conhecer Terezinha é de que somos energizados. Tomamos um novo fôlego para enfrentarmos as dificuldades com mais animo e bom humor.

Terezinha do Mercado Central:





Acompanhe entrevista com Terezinha Carvali.



O que você acha do trabalho dos guardadores de carros?

Programa Antenados:




Terezinha, peça chave do mercado central:



Ouça um pouco sobre o cotidiano do guardador de carros, José Celestino:


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